Entre uma pedalada e outra, um pouco de história da Unicamp
Nada como um sábado tranquilo e ensolarado para um passeio de bike. E pedalar conhecendo a Unicamp foi ainda mais enriquecedor. Com dez bicicletas do projeto Mobic – Mobilidade Intracampus, da Pró-Reitoria de Graduação (PRG), os upeiros iam se revezando para uma volta ao redor do Ciclo Básico, na Avenida Bertrand Russel. A ideia do passeio “Rota do Símbolo” era explicar o projeto piloto da Unicamp através de volta pelos Institutos. O nome do passeio é uma menção ao logotipo da Universidade, desenhado a partir do Plano Diretor do campus. O logo foi idealizado pelo fundador da Unicamp, Zeferino Vaz, e criado pelo artista plástico Max Schiefer e pelo arquiteto João Carlos Bross, na década de 1970.
Momentos antes do passeio, o monitor Felipe dos Santos Durante, aluno de mestrado da Filosofia, apresentou rapidamente a Universidade aos estudantes. “O Zeferino Vaz foi incumbido de construir um centro de excelência acadêmica. Vocês podem notar que aqui na Unicamp as áreas do conhecimento que são consideradas as básicas de outras áreas de conhecimento ficam organizadas num mesmo ciclo”, comentou.
Ciclista amador, não resisti ao passeio. Peguei o meu capacete e entrei no grupo de alunos. Não podia perder a oportunidade de ter uma aula de história da Unicamp durante uma pedalada pelo campus. “Aqui começa o Centro de Lógica e Epistemologia, o CLE. O Centro é o primeiro prédio da Filosofia. Agora estamos passando em frente ao Instituto de Biologia, aonde a gente tem ali o Laboratório de Genoma, outros laboratórios e salas de aula”, contou Felipe Durante.
No meio do passeio, conheci Cesar Okada, do Colégio Einstein de Limeira (SP). “Hoje está um dia lindo para um pedal, não é?”, puxo conversa. “Tá legal! Melhor que caminhar, né?” [risos]. Ele explicou que pretende fazer Economia na Unicamp mesmo. “O lugar é aqui. Agora vamos ver onde eles vão me aceitar”, brinca, bem-humorado.
Aperto a pedalada e me aproximo do monitor, o primeiro do grupo. Estamos quase em frente ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). “O Instituto foi um grande palco de resistência da ditadura, assim como a Maria Antônia, em São Paulo [Centro Universitário Maria Antônia, da Universidade de São Paulo – USP]”, pontuou.
“E com essa volta, vocês conheceram os Institutos e a base do conhecimento produzido aqui na Unicamp”, afirmou Felipe Durante, encerrando o passeio do primeiro grupo. Ao final, ainda houve tempo de conversar com Geovana Takahashi, do Colégio Objetivo de Indaiatuba – a primeira ‘baixa’ do pedal. Ela acabou se desequilibrando com o selim um pouco alto e fez um leve arranhão no dedo. “Também, quantos anos que eu não andava de bicicleta”, tentou justificar.