"Quero que exista", primeira instalação
O saguão interno do Instituto de Matemática, estatística e Computação Científica (Imecc) foi o local escolhido para receber a primeira instalação do projeto "Quero que exista", projeto de artes visuais contemplado na 4ª edição do Programa Aluno-Artista. Instalado no centro do pequeno teatro de arena que existe ali, um conjunto de almofadas em tecido vermelho vibrante, tendo ao centro um emaranhado de fios coloridos, remetia à imagem de um grande ninho, aconchegante e acolhedor. A obra, coletiva e interativa, proporcionava assim este espaço lúdico de reunião em um ambiente aberto. As pessoas que circulavam pelo edifício eram convidadas a penetrar na instalação e participar da oficina informal que acontecia ali. Munidos de agulhas de madeira e tendo os fios à disposição, aprendiam ou relembravam a arte de fazer crochê e tricô.
Eder Aleixo, aluno do 2º ano do curso de Estatística achou a instalação divertidíssima. Sentado entre as almofadas, ele ia tecendo sua trama em pontos de crochê, arte que aprendeu com sua avó, na cidade de Jundiaí. "Isto é bom, relaxa, ajuda a superar o clima tenso que marca o cotidiano do curso", comentou. Eder gostaria que acontecessem mais eventos culturais ali naquele espaço. Segundo ele, isto ajudaria a descontrair alunos a professores e tornar o convívio mais agradável. Ele recorda apresentações musicais que aconteceram ali, algumas promovidas pelo Programa Aluno-Artista.
Esta instalação é a primeira peça de uma série de seis que irão compor o trabalho final deste projeto. A aluna-artista Mariana Neves, proponente e criadora da obra, segue no processo criativo. Em breve teremos novas formas e novos "penetráveis".
SINOPSE
O projeto “Quero que Exista” pretende construir formas em escala humana que proporcionem ao espectador uma experiência sensorial profunda e nova a partir da textura, da cor e do movimento que apresenta. Cada peça expõe, de modo diferente, a ação de passar do interior para o exterior, de “nascer”, a partir de formas orgânicas construídas com tecido e enchimento, pelas quais o espectador entra e é levado a agir com certo grau de esforço para entrar e sair do invólucro confortável. Para isso, as peças são apresentadas em lugares comuns e de grande circulação do campus para que qualquer pessoa possa interagir e participar. Para incentivo da participação dos espectadores, haverá performances pontuais durante a exposição de cada peça, feitas por artistas convidados do Instituto de Artes da Unicamp. Também ocorrerão, regularmente, oficinas relacionadas à técnica de trabalho utilizada na criação e confecção das peças.
FICHA TÉCNICA
Mariana Gonçalves – Artista Plástica: criação e confecção das peças (Proponente) Isabela Moura - Filmagem