Setembro - um ode à natureza
Setembro, mês de comemorar a natureza, cores, flores, árvores, a primavera. A Unicamp que pensa a sustentabilidade nos traz uma esperança de idealizar a universidade sustentável, com a discussão do plano diretor e a elaboração do mapa verde ou mapeamento socioambiental do campus. Estas questões têm sido discutidas e estudadas por um Grupo de Trabalho que envolve docentes, alunos e funcionários convidados pelo GGUS e CIPA. A primeira Oficina de Sustentabilidade para discutir o mapa verde aconteceu no dia 22 de setembro, com a chegada da primavera, evento este coordenado pela professora Emilia Rutkowski, da FEC, e onde os participantes da oficina puderam contribuir com o mapeamento. O planejamento envolve a comunidade na elaboração de discussões por meio de grupos de trabalho, com o objetivo de identificar várias situações que levam aos desafios de tornar a Unicamp uma universidade sustentável. Algumas situações identificadas pelos participantes foram marcadas por símbolos em forma de figuras: áreas degradadas, mal utilizadas, áreas que possam ser reflorestadas, sistemas de despoluição de lagoas, trânsito inteligente, entre ourtos e, por fim, áreas que possam integrar convívio social sustentável, benéfico à flora e fauna do campus. As ações podem ser de curto, médio e longo prazo, uma meta a perseguir.
Um dia antes, aconteceu um evento de saudação ao dia da árvore, com o apoio do SAE. Confira a reportagem a seguir:
Dia da árvore comemorado na Unicamp
A comemoração que a Unicamp dedicou ao “Dia da Árvore” na Praça da Paz, Campus Barão Geraldo, na quarta-feira (21), foi carregada de simbolismos e ações de sustentabilidade. O evento, promovido pela Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), Unicamp 50 anos, Coordenadoria Geral de Universidade (CGU), Prefeitura do Campus e Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) teve início às 11h com discursos ambientais dos organizadores. Plantio de árvores, caminhada pela praça com paradas para explicações técnicas de cada árvore e, ao final, uma mesa com café, chá, água, frutas, salgados e bolos levados pelos participantes, deram o toque de confraternização, junto ao teatro de Arena da Praça da Paz.
Caminhada para conhecer as espécies
Depois de alguns pronunciamentos de membros do Grupo ligado ao Meio Ambiente, os participantes iniciaram um tour pela própria praça tendo como monitor o técnico de Meio Ambiente Lauro dos Santos, de forma que todos pudessem fazer breves paradas para conhecer algumas espécies raras de árvores, como o Pau Brasil, o Baobá, a Arueira, o Jatobá Rosa, a Paineiras, Mogno Africano, árvores frutíferas silvestres, entre outros. Entre perguntas sobre as árvores e fotos, seguiram até chegar aos locais do plantio de novas árvores. Algumas árvores frutíferas silvestres são: Bacupari, Grumixama e Jaboticabeiras, estas ainda em desenvolvimento.
Plantio de árvores
Cinco mudas de “Pau Brasil” foram plantadas por várias pessoas que participaram da caminhada, ao redor do Teatrinho de Arena, simbolizando um abraço coletivo naquele espaço cultural e de lazer. Lauro dos Santos, funcionário há 31 anos na Unicamp, traz uma experiência importante para a manutenção, cuidados e mapeamento das espécies no campus. Técnico em Meio Ambiente e tecnólogo em Gestão Ambiental, trabalhando na Divisão de Meio Ambiente da Unicamp, disse que ficou responsável pela caminhada pela praça para mostrar as espécies. “Aproveitamos a pista de caminhada para conversar com as pessoas, explicar a importância da preservação do espaço, falando sobre o que temos na praça, espécies frutíferas, madeiras de lei, palmeiras”, explicou. Entre as espécies que compõem a arborização da Praça da Paz estão: cerca de 30 jequitibás rosas, um mogno africano, dois baobás, entre várias outras. Sobre o “Pau Brasil”, Lauro diz: “Aqui na Praça (da Paz) temos dez espécies adultas e hoje plantamos mais cinco mudas, mas no campus todo temos cerca de 100 árvores da espécie”. Segundo ele, como a Unicamp está próxima à Mata de Santa Genebra, o espaço preservado se torna um atrativo para cerca de 20 espécies de aves como João de Barro, Sabiás, Gaviões; nas árvores da praça fazem ninhos, descansam e se alimentam. O sentimento de alegria do técnico é compartilhado pelos demais integrantes do GGUS: “Pela preservação do espaço, pela cultura de preservação da vegetação e a arborização com inúmeras espécies e até para postura dos frequentadores no respeito à natureza”, afirma.