Especial Saúde: SAE apoia campanha “Outubro Rosa”
Outubro é Rosa, pelo menos para a Campanha Internacional de Conscientização da Prevenção do Câncer de Mama, movimento que chegou ao Brasil em 2008. O SAE da Unicamp adota a campanha “Outubro Rosa”, pelo segundo ano consecutivo, com o objetivo de participar da divulgação junto à comunidade estudantil. A partir da terça-feira (dia 7), o Serviço Social SAE distribuirá lacinhos cor-de-rosa às alunas que forem atendidas na Recepção e no dia 20 de outubro a equipe pretende vestir rosa. O Portal também adota a cor rosa nos títulos das matérias, durante o mês.
A cada ano, mais instituições públicas e, até particulares, no mundo adotam a campanha com diversas ações que reforçam a divulgação para a importância da prevenção. Monumentos e prédios no mundo todo são iluminados e muitas pessoas usam lacinhos cor-de-rosa, símbolo da luta contra o câncer de mama.
Histórico da campanha
Segunda consta, o movimento “Outubro Rosa” teve início nos Estados Unidos, lançado pela "Fundação Susan G. Komen for the Cure", em 1990, quando o laço cor-de-rosa foi colocado como símbolo de uma luta contra a doença e vários foram distribuídos aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York. Susan Komen, que dá nome à Organização, faleceu vítima do câncer de mama, mas antes de morrer, aos 35 anos, pediu à irmã Nancy Brinker, que iniciasse a conscientização da gravidade da doença e angariasse recursos para a criação de uma Fundação para mulheres. Outras fontes informam que a campanha teve início em 1997.
Na Unicamp
Na Unicamp, participam da Campanha: o CAISM “Hospital da Mulher Prof. Dr.José Aristodemo Pinotti” , O CECOM (Centro de Saúde da Comunidade), a DGRH (Divisão Geral de Recursos Humanos), a AFPU (Agência de Formação Profissional da Unicamp), o GGBS (Grupo de Gestor de Benefícios Sociais) e o SAE (Serviço de Apoio ao Estudante).
CAISM na Campanha
No CAISM da Unicamp, durante todo o outubro serão realizadas diversas ações para informar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e os riscos da doença. Segundo o docente responsável pelo Ambulatório de Alto Risco do CAISM, Prof. Dr. César Cabello dos Santos, outubro é especial por ser o mês de mobilização pela detecção precoce do câncer de mama. Dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), mostram que no Brasil estão previstos 57 mil novos de câncer de mama, somente em 2014. Esta é a estimativa. O câncer de mama é a doença que mais mata no mundo, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. No CAISM, o Outubro Rosa é lembrado com ações mais ativas, como iluminação do prédio, entrega de lacinhos, enfermagem vestida de cor-de-rosa. Também há palestras e discussão acadêmica da situação, tendo em vista que o CAISM é um Hospital-Escola, integrado à FCM (Faculdade de Ciências Médicas).
Dr. Cabello lembra que o CAISM vem da origem PAISM (Programa Integral de Assistência à Saúde da Mulher) idealizado pelo saudoso Prof. Pinotti, que dá o nome hoje ao Hospital. Ele explica que um dos aspectos importantes que devem ser levados em consideração para o rastreamento da doença é o histórico familiar, isto é, quando a mulher com parentes de 1º grau na família, como mãe, irmã ou filha, tem (ou teve) câncer de mama, pois o risco torna-se alto para essa mulher. Aliás, na população feminina, cerca de 30% é considerada de alto risco para o câncer de mama. Dai a importância de se procurar, enquanto jovens, as Unidades Básicas de Saúde (Postos de Saúde) e mulheres acima de 40 anos fazer a mamografia. O SUS (Sistema Único de Saúde) autoriza exames de mamografia apenas após os 50 anos, a cada dois anos, mas caso a mulher tenha esse histórico familiar o médico poderá solicitar o exame, independente da idade. O Dr. Cabello defende que os exames devam ser realizados a partir dos 40 anos e, uma vez por ano. Ele explica: “No ambulatório de Alto risco do CAISM, estamos buscando meios para ampliar os recursos de atendimento e estudos, talvez com a ajuda da FAPESP ou outro órgão, visto que aqui tem assistência, mas também é uma academia. O que sabemos é que quanto mais cedo detectar aos riscos, mais fácil o diagnóstico, acompanhamento e tratamento, que envolve procedimentos mais avançados. Aqui fazemos exames especializados, mamografia, ressonância magnética, ultrassom, PET/CT, entre outros”, explica o mastologista. O CAISM é famoso na cidade pela sua Unidade neonatal, mas a área de oncologia é bem conhecida por seus procedimentos avançados e o atendimento humanizado. Durante a entrevista no CAISM, as equipes multidisciplinar da enfermagem, recepção e exames estavam vestidas de rosa ou com lacinhos. Uma faixa foi instalada na entrada do Hospital.
Saúde em dia
Então, caras leitoras, a situação feminina na questão saúde é bastante delicada e todas precisam ficar atentas, não importa a idade ou mês. Sempre é tempo de buscar informações, ir ao CECOM, ao Posto de Saúde, saber como está, fazer exames, se cuidar. Por isso, participem da Campanha Outubro Rosa. Aqui, abordamos apenas o estímulo para a prevenção do câncer de mama, mas é preciso ter o controle total da saúde e nisso, a comunidade Unicamp tem vários recursos no Complexo Hospitalar, composto por CAISM, Hospital de Clínicas, CECOM, Gastrocentro e Hemocentro. Para as alunas, funcionárias e docentes da Unicamp, o primeiro atendimento é no CECOM. O CAISM só atende as pacientes encaminhadas do próprio CECOM ou de uma Unidade Básica de Saúde, pois o CAISM é um Hospital de referência terciária. Um detalhe interessante é que homens também podem ter o câncer de mama, embora a incidência seja de apenas 2% em relação à população feminina.
Fontes: Ambulatório Alto Risco-CAISM. Entrevistado: Prof. Dr. César Cabello dos Santos - perfil: fez residência, mestrado, doutorado na Unicamp e é professor livre-docente pela FCM
(Fotos: Magdaelei Costa Amorim: 1.Prof.Dr.César Cabello dos Santos, em sua sala de consultas Abaixo: Equipe SAE em campanha de 2013, Equipe muldisciplinar do CAISM, Salão de Espera do Ambulatório de Alto Risco).