30 Jan2013
Software simula a tragédia de Santa Maria
O professor Sávio Vianna (Faculdade de Engenharia Química) está particularmente sensibilizado com a tragédia em Santa Maria (RS) porque vem trabalhando – “por uma coincidência desagradável” – na simulação computacional dinâmica de um incêndio em ambiente fechado, bem como da formação de fumaça tóxica e sua camada letal. “É um software aberto, que podemos modificar inserindo contribuições, o que estamos fazendo aqui na Faculdade de Engenharia Química. A ferramenta desenvolvida nos Estados Unidos é usada internacionalmente por universidades, centros de pesquisa e empresas de consultoria justamente para o estudo de incêndios onde ocorre pirose, a queima de sólido”, explica.
O pesquisador informa que a ferramenta também é bastante útil na etapa de projeto, ao considerar informações como o número de pessoas que estarão no ambiente fechado, quantas e onde estarão as saídas, pontos de sprinters e as formas de sinalização. “Associado a tudo isso deve estar o treinamento de pessoal: seguranças não devem atuar apenas como pacificadores, mas serem treinados para um plano de emergência e contingência. Ainda mais diante de um público jovem, sob o efeito de álcool e em clima de paquera. Ele leva um tempo para reagir e, quando o calor ou a fumaça chega nele, vira desespero. Uma brigada treinada daria o sinal e orientaria as pessoas até um ponto seguro.” Na opinião de Sávio Vianna, outra preocupação importante deve ser de ordem comportamental. “Minha orientação é que entrando em locais como estes, a pessoa dê uma voltinha para se familiarizar, ver onde está a porta de saída mais próxima. “Na Europa, as ferramentas de simulação são muito utilizadas em consultoria e planejamento de projetos, mas em ambientes de trabalho, por exemplo, também é normal a simulação de incêndio e de evacuação. Na incerteza se o incêndio é real ou não, a pessoa acaba condicionada a sair do local de forma organizada”.
O pesquisador informa que a ferramenta também é bastante útil na etapa de projeto, ao considerar informações como o número de pessoas que estarão no ambiente fechado, quantas e onde estarão as saídas, pontos de sprinters e as formas de sinalização. “Associado a tudo isso deve estar o treinamento de pessoal: seguranças não devem atuar apenas como pacificadores, mas serem treinados para um plano de emergência e contingência. Ainda mais diante de um público jovem, sob o efeito de álcool e em clima de paquera. Ele leva um tempo para reagir e, quando o calor ou a fumaça chega nele, vira desespero. Uma brigada treinada daria o sinal e orientaria as pessoas até um ponto seguro.” Na opinião de Sávio Vianna, outra preocupação importante deve ser de ordem comportamental. “Minha orientação é que entrando em locais como estes, a pessoa dê uma voltinha para se familiarizar, ver onde está a porta de saída mais próxima. “Na Europa, as ferramentas de simulação são muito utilizadas em consultoria e planejamento de projetos, mas em ambientes de trabalho, por exemplo, também é normal a simulação de incêndio e de evacuação. Na incerteza se o incêndio é real ou não, a pessoa acaba condicionada a sair do local de forma organizada”.
O docente da Unicamp afirma que o importante é investigar e entender o que aconteceu na tragédia de Santa Maria e, a partir disso, apresentar um relatório de recomendações e sugestões de melhorias e de procedimentos que devem ser seguidos em outros ambientes fechados. “Tem muita física e química por trás deste software, conhecimento que foi transformado em ferramenta em prol da engenharia. Seria interessante, por exemplo, se shoppings fizessem simulações sobre o risco de vazamentos de gás. A tecnologia está aqui e temos gente para formar recursos humanos. Um engenheiro civil estaria apto a utilizar a ferramenta como aplicação rapidamente.”
Portal Unicamp - 28/01/2013 - 17h36 - Texto: Luiz Sigimoto - Imagens - Antonio Scarpinetti - Edição de imagens: Luis Paulo Silva e Everaldo Silva